Festival de Esquetes Autorais da ONG ECOA
Por Camille Rodrigues
|
Grupo Rito - Por: Fábio Sousa |
Realizado no mês de Setembro, na Biblioteca Parque de Manguinhos, o “Festival de Esquetes Autorais ECOA”, apresentou atrações para todas as idades. Produzido por estudantes de uma ONG de Teatro chamada ECOA, o evento reuniu um público diversificado, com moradores da comunidade, crianças, estudantes de teatro, diretores entre outros.
Com o intuito de levar à arte a comunidade, criando uma interação do teatro com moradores, o evento reuniu esquetes que trataram de temas atuais junto a nossa realidade e sonhos de criança, ganhando toda a atenção do público. Dentre os quesitos de escolha, estão melhor produção, melhor figurino, melhor atriz, melhor ator, destaque pela Celebração entre o público no final do espetáculo, melhor interação com o público e é claro o que não podia faltar, o Júri Popular, dando voz ao público e permitindo expor sua opinião.
O Júri contou com a participação de professores e ex-professores que já passaram pela ONG, como Gabriel Barros, Vanessa Meyer, Jairo Goulart, Thiago Cortez, Arthur Souza e Daniel Santa Maria . As esquetes apresentadas são de alunos e ex-alunos da ONG, escritas e dirigidas por eles. Cada grupo cuidou de tudo em sua apresentação, desde texto a cenário e figurino, fazendo com que essas fossem umas das partes mais cativantes do evento.
Entre os participantes está Melina Sousa, de 19 anos, estudante de Engenharia de Produção e estudante da ONG a 4 anos, após ganhar os prêmios de Destaque pela Celebração entre o público no final do espetáculo, Cenário, Trilha Sonora, Júri Popular, Direção, Melhor Ator (Lucas MIlato), Júri Técnico e o 1º lugar Geral do espetáculo, em uma entrevista exclusiva para nosso blog, nos contou um pouco da experiência de ter participado do festival:
1-O festival superou suas expectativa?
Melina Souza: “Sim. Em particular já acompanhava um pouco do trabalho da produção, e sabia que fariam um trabalho eficiente. Mas o carinho e a dedicação do dia superaram o que eu poderia imaginar, rs.”
2- Qual foi a relação da sua esquete com o público? A esquete conseguiu alcançar todos os públicos alvos?
Melina Souza: “Com o tempo, a encenação da esquete demonstrou pedir um diálogo mais direto com a platéia. Optamos por usar a projeção como uma forma de falar diretamente ao público, buscando arrematar nossa "mensagem", rs. E mais do que apenas por palavras, o entrosamento e a receptividade do público foram fundamentais para criar a atmosfera. Então sim, acredito que conseguimos alcançar nosso público, visto que o alvo era qualquer pessoa que estivesse disposta a partilhar desse momento conosco, rs.”
3- Qual foi a relação do elenco, com a proposta da produção de levar Festival de Teatro Autoral a uma comunidade?
Melina Souza: “ Em projetos paralelos eu particularmente já tenho trabalhado com teatro em comunidades. Achei a proposta válida e altamente condizente com a ONG ECOA, idealizadora do Festival. Todos devem ter o direito ao acesso arte feita com dedicação e qualidade, e foi isto que pude ver em todos os grupos que passaram pelo festival.”
O Término do evento foi marcado por muita emoção. Crianças da platéia foram para o palco abraçar a produção, perguntando quando iam voltar, se teria mais na próxima semana, aproveitaram o palco para mostrar o que sabiam fazer, e começaram a cantar e dançar.
Diante da emoção de ter participado da produção e ter sido Mestre de Cerimônia no evento, não pude conter minhas palavras e me permiti transbordar, ao tentar contar a importância que o evento teve em minha vida:
|
Por: Fábio Sousa |
E então eu transbordei
Emoção! Emoção! Emoção!
E os meus olhos voltam a brilhar
Trocando, experimentando, servindo
Me encantando
Pertencimento, preenchimento, aprendizado
Gratidão! Gratidão! Gratidão!
E agora já anoitecendo, exponho meu interior
E permito esse meu transbordar
O abraço final sufocante, aqueles olhinhos brilhando
Me perguntando, quando eu ia voltar
Emoção, Gratidão, Preenchimento
Transformação!!!
E nasce um novo ciclo, com uma nova
Camille Rodrigues, com ainda mais Brilho no olhar
Não sei se eu permiti
Mas aquelas crianças me venceram
Também não sei como fizeram
Me agarraram, quase me derrubaram
Me surpreenderam, me encantaram
E permaneço a transbordar
Ao lembrar de todo público
Não existe palavras para explicar
Gratidão! Gratidão! Gratidão!
Uma nova Camille Rodrigues
O brilho dos olhos só a multiplicar
Se permita experimentar!
Se entregue! Se doe por inteiro!
E diante do meu transbordar
Ficou o grito
Gratidão! Gratidão!Gratidão!
Confira abaixo as fotos do Festival, por Fábio Sousa: