Texto publicado pela Revista Ambrosia, UOL, AGO 03, 2004 Por: Camille Rodrigues
Autor e Contador de histórias Augusto Pessoa, Ponta Grossa, Paraty Foto: Camille Rodrigues |
Após
visitar a comunidade de ponta Grossa, localizada na baia de Paraty onde o
acesso é a apenas de barco, o autor Augusto Pessoa, homenageado pelas crianças
e educadores da comunidade, em um bate-papo informal e descontraído dentro do
barco a caminho do centro histórico da cidade, contou um pouco de sua infância
e falou sobre a emoção de saber que sua literatura está chegando a lugares de
dificies acessos.
Augusto
possui 14 livros publicados e trabalha a 20 anos como Contador de Histórias,
revela ter tido um boa criação, e a sorte ter acesso a livros muito jovem. Os
livros foram apresentados por seus pais ainda cedo e o autor ainda conta que
seu pai nunca o proibiu de ler certos tipos de leitura, porém dizia que ainda
não era tempo dele ler. E não mexia, nem escondia. Apenas ensinava que ainda
não era o tempo.
“São
ótimas oportunidades como estas que você tem a oportunidade de ver a resposta
do público em conhecer o seu trabalho”. Desabafa Augusto ao lembrar da
experiência de conhecer a comunidade de Ponta Grossa, que desde o inicio do
semestre começou a estudar seus livros. Assim que chegou nas areias da
praia de Ponta Grossa, veio um menino e logo perguntou a ele: “ O Malasart
existe mesmo?”. Ricas experiências que para Augusto, não tem preço.
O autor
conta que certa vez, durante uma peça teatral sobre um de seus livros, veio uma
menina na beira do palco e sussurrou em seus ouvidos: “Tá Lindo, tá lindo, tá
tudo muito lindo.” E prosseguiu contado: “Quem mandou aquela menina ali? Foram
os pais que mandaram ela ir e falar aquilo? Claro que não, ela foi porque era importante
para ela fazer aquilo.” Experiências como está são para
ele as mais importantes, pois as crianças são imprevisíveis,
falam aquilo que querem e precisam, são sinceras e puras, e isso para Augusto é
o que faz diferença.
Augusto
revela que sua casa possui um bom acervo guardado, podendo chamar de
biblioteca pessoal, de livros que o autor que lia bastante enquanto
criança, como Fernando Sabino, até livros como “O Senhor dos anéis”, que
revela ter lido aos 14 anos. Augusto nunca havia planejado ser um escritor,
revela que enquanto jovem gostava de escrever para
si e fazer redação escolar.
Sobre seu
livro “Sopa de Pedras” o escritor conta que a idéia era estimular o
pensamento, questionar o público e leva-los a refletir que ingredientes usaria
para fazer uma sopa bem estranha? O que colocaria para ser diferente? Augusto
nos informou em primeira mão que este ano fará o lançamento de mais 2 livros: Vênus
e Glória, um livro juvenil com vampiros e bruxos previsto para Novembro.
Anotações no barco - Camille Rodrigues |
Autor e contador de histórias Augusto Pessoa e Camille Rodrigues no Cás da cidade de Paraty |
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