segunda-feira, 4 de agosto de 2014

Conversando com Augusto Pessoa

Pela Cidade - FLIPNHA

Texto publicado pela Revista Ambrosia, UOL, AGO 03, 2004 Por: Camille Rodrigues

Autor e Contador de histórias Augusto Pessoa, Ponta Grossa, Paraty Foto: Camille Rodrigues
 


Após visitar a comunidade de ponta Grossa, localizada na baia de Paraty onde o acesso é a apenas de barco, o autor Augusto Pessoa, homenageado pelas crianças e educadores da comunidade, em um bate-papo informal e descontraído dentro do barco a caminho do centro histórico da cidade, contou um pouco de sua infância e falou sobre a emoção de saber que sua literatura está chegando a lugares de dificies acessos.

Augusto possui 14 livros publicados e trabalha a 20 anos como Contador de Histórias, revela ter tido um boa criação, e a sorte ter acesso a livros muito jovem. Os livros foram apresentados por seus pais ainda cedo e o autor ainda conta que seu pai nunca o proibiu de ler certos tipos de leitura, porém dizia que ainda não era tempo dele ler. E não mexia, nem escondia. Apenas ensinava que ainda não era o tempo.

“São ótimas oportunidades como estas que você tem a oportunidade de ver a resposta do público em conhecer o seu trabalho”. Desabafa Augusto ao lembrar da experiência de conhecer a comunidade de Ponta Grossa, que desde o inicio do semestre começou a estudar seus livros. Assim que chegou nas areias da praia de Ponta Grossa, veio um menino e logo perguntou a ele: “ O Malasart existe mesmo?”. Ricas experiências que para Augusto, não tem preço.

O autor conta que certa vez, durante uma peça teatral sobre um de seus livros, veio uma menina na beira do palco e sussurrou em seus ouvidos: “Tá Lindo, tá lindo, tá tudo muito lindo.” E prosseguiu contado: “Quem mandou aquela menina ali? Foram os pais que mandaram ela ir e falar aquilo? Claro que não, ela foi porque era importante para ela fazer aquilo.” Experiências como está são para ele as mais importantes, pois as crianças são imprevisíveis, falam aquilo que querem e precisam, são sinceras e puras, e isso para Augusto é o que faz diferença.

Augusto revela que sua casa possui um bom acervo guardado, podendo chamar de biblioteca pessoal, de livros que o autor que lia bastante enquanto criança, como Fernando Sabino, até livros como “O Senhor dos anéis”, que revela ter lido aos 14 anos. Augusto nunca havia planejado ser um escritor, revela que enquanto jovem gostava de escrever para si e fazer redação escolar.

Sobre seu livro “Sopa de Pedras” o escritor conta que a idéia era estimular o pensamento, questionar o público e leva-los a refletir que ingredientes usaria para fazer uma sopa bem estranha? O que colocaria para ser diferente? Augusto nos informou em primeira mão que este ano fará o lançamento de mais 2 livros: Vênus e Glória, um livro juvenil com vampiros e bruxos previsto para Novembro.
Anotações no barco - Camille Rodrigues
 
Autor e contador de histórias Augusto Pessoa e Camille Rodrigues no Cás da cidade de Paraty

 
 

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